sexta-feira, 13 de julho de 2012

Maçã


O leite jorrou vermelho
Mãe de quinta viagem, fitava o mais amargo dos lábios
 Seu seio a sugar

“Irracionalidade egoísta!”, pensou
Entre o riso e o suspiro,
O bebê aprovava a matiz do composto

O passado lhe entregara filhos solidários
Antes dali, nenhuma mordida
Sadismo ou sorriso? Nenhuma intenção

O leite jorrou vermelho
Entre espaços e universos,
Nascera-lhe um dos raros donos de si

O leite jorrou vermelho
Vivo como olhos acinzentados
Foram aqueles os que ela mais amou

Um comentário: