quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Príncipe de Liz



Deixa de lero, nem é o que eu quero
Mas encaixa!
Que o teu encaixe é o avesso do meu
E então me cala, me encara, me devora
E não medita que o encanto se perdeu

O teu caminho deu na porta da minha casa
Não vi o leiteiro e, de inocente, congelei
E minhas cartas, meus jornais, e a encomenda?
Em-caixa
Caixa postal, selo de tal, me veio um Rei

Mas não se molha, amor
Chuva caindo pode a Caixa bem molhar
Não vem chorar, amor
Não desespera, flor
Te saco antes e te cubro com uma mão
Quero ver se água, além da minha, te alaga na estação

Mas fique atenta, rosa
Se lhe disserem que o amor acaba com o tempo
E você disser a eles que o tempo não existe,
Olho no relógio
E é chegada a minha hora
Já é tempo de ir embora
Opa, príncipe, acabou...

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